sábado, 21 de janeiro de 2017

Receita da vida

Você, que me lê agora, está casada(o)? Tem filhos? Tem um emprego com carteira assinada?

Se respondeu "sim" a todas as perguntas, te questiono: está feliz???

Em caso positivo, que bom! A fórmula funcionou para você. No entanto, muitas pessoas que seguem essa fórmula básica da vida, casar-ter-filhos-estar-formalmente-empregado, ainda assim são infelizes. Já cantarolava Raul, em Ouro de Tolo: "Eu devia estar contente porque eu tenho um emprego / sou um dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiros por mês / ... / Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que quis / Mas confesso abestalhado que estou decepcionado".

O mantra nascer-crescer-reproduzir-morrer não é livre de erros. No caso, o "reproduzir"  é mais uma opção do que uma certeza. E muita gente que opta por não incluí-lo na lista é mais feliz assim.

E a tal da carteira assinada já assassinou tantos sonhos por aí. E não falo apenas dos ditos "artistas", mas de muitos que se adaptariam melhor a um modelo diferente de trabalho, mesmo dentro das alternativas disponíveis (autônomo, microempresário), ou até como trabalhador informal. A flexibilidade de horário por si só supera, na visão de muitos, as supostas vantagens do registro.

E casar? Primeiramente, vamos definir aqui que não estamos discutindo sobre amor e relações afetivas. O foco aqui é aquele documento lavrado em cartório e, aliás, que hoje em dia, já encontra como substituta a "declaração de união estável" - google it! Em outras palavras, o que interessa aqui é o aspecto legal (jurídico) do casamento. E aí fica mais do que óbvio que não é condição necessária para uma vida plena.

Qual será a sua receita de vida?

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